quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Divagaçoes

Posso escrever-me e percebo como é bom poder me escrever ou me reescrever. Mesmo q na limitação do meu dizer eu me reconstrua em um ser diverso do que sou.
A palavra que mente, e a mente que me dá a palavra. Transcendo a linguagem. Gosto de brincar com as palavras, assim como quem brinca com os dados. Não gosto dos formalismos, das regras, das limitações impostas ou das suas exceções. Aqui eu me permito à transgressão, do dizer-me, sem uma lógica que me aprisiona. Vomito sobre a lógica e assombro com o meu discurso de viés, das impossibilidades gramaticais. Gosto dos espantos que me causa o improvável dos meus dizeres. Gosto de soltar as palavras como quem solta pássaros esvoaçantes cheios de simbolismos que criam seus próprios signos livres das grades intelectualizadas dos saberes institucionalizados. Quero as estruturas repletas de suas vontades, e que parece não me pertencer. Amo a facilidade com que a mágica se traduz na criação do que não me é pensado no antes, mas apenas sentido. Se há sentido, eu observo depois de pronta a obra e não volto em correções inúteis sobre o momento único que me fez perder o significo.
Como um escultor que se Poe a trabalhar no barro, ou madeira, sem ao certo saber o que vai extrair do barro ou da madeira. E de repente, no processo, percebe que o rosto já estava aí. Basta antão, que suas mãos sigam as linhas daquele rosto.
Assim escrevo, deixando que as palavras esvoacem livres com sua trajetória já traçadas para a eternidade do que lhe é determinad

Um comentário:

Imagens

Imagens
Lembranças